Centrista como Billary, dois por UMA. Tudo depende do quê a definição de É seja. Hillary 2008 O mundo através do teclado de uma gringa/meta-brasileira

18 maio, 2007

Regionalismos, Nacionalismos

Tem uma piadinha spam de Internet ótima. Está no meu Universo Anárquico.

14 maio, 2007

Que suadouro!

Até Zé Pequeno teve mãe.

Universo Anárquico

Está bem feio no Iraque.

Mas que calor.

08 maio, 2007

Democracia representativa: de que?


Cordes sur Ciel, no sudoeste, onde "todo mundo é socialista" :P))

O problema da democracia representativa, essa que há por aí, com presidentes eleitos pela maioria 50% +1 é o esquecimento da plataforma do candidato uma vez este eleito. Não é segredo para ninguém que 54% do Sarkozy contra 47% da Mme.Royal = tremendo racha, no mau sentido. Há três dias que há manifestações de rua em várias cidades da França, algumas pacíficas e outras nem tanto.
Que faz o líder Petit Moi da França ? Faz igual ao Doctor Evil -- Sai de férias. Foi passear num iate. Bacaninha, muito legal.

Mais se quiserem ler e ver vídeos no Anarchic Universe e no Universo Anárquico.

Até+

Anarchic Universe

Universo Anárquico

23 abril, 2007

Mme. Royal - le 6 mai 2007


Le Tarn, terra do castelo principal de Toulouse-Lautrec, em Albi.

Mme. Royal, a candidata do partido socialista francês chegou perto. A campanha foi tosca,tosca, o partido caiu em desgraça quando desmascaram um "Klute, seu passado condena" do Leonel Jospin, em 2002. Ele era quadro da OCI, o quartel-general da Libelu, vejam em que boa companhia eu estive.

A OCI acabou como toda organização trotsquista nas piadinhas: um trotsquista, uma tendência, dois um partido, três um partido e um racha e assim por diante. O Pierre Brouer eu conheci o Rio, muito simpático. Foi juntar-se ao Lev Davidovitch. O Lambert caiu em desgraça, me parece.

Essa infiltração do Jospin dentro do partido socialista tem um nome técnico mas não me lembro. Enfim, os socialistas não gaam desde 2002.

O Nicolas Sarkozy, parisiense, cheio de pompa e titica de poulé, bem vestido e tal, é mais um pela ordem e pau nos franceses de ascendência norte-africana. O problema lá é complexo pra dedéu. Eles são xenófobos e racistas mas somos nós os malvadões. O cara foi pra TV na época dos quebra-quebras recentes e literalmente desacatou os franceses de cor.

O desemprego na França está em 10%. Os pobres = afro-franceses moram em subúrbios de grandes cidades onde projetos de arquitetura moderna deveriam ter durado mas estão aos pedaços. Eles não aprendem nada nas escolas, detestam a França e a religião dos seus ancestrais. Fazem baderna e não têm um futuro. Mais ou menos como no discurso do MLK "I Have a Dream" -- Tenho um sonho que um dia os negros do sul possam votar e os urbanos tenham uma razão pela qual votar.--

O Sarkozy é um Bush com um pouquinho mais de tutano e francês aristocrático. A Royal, cujo nome é gozado ela sendo socialista, é uma promessa. A gente fica meio que com o pé esquerdo amarrado pra não haver passo em falso. Por via das dúvidas, se vocês conhecem alguém daquela terra, peçam o voto pela Royal. Ela levou o sudoeste quase todo, inclusive a terra do Toulouse-Lautrec. Fiquei muito contente. O papo dela é "inclusão social."

Acho ótimo inclusão social. No Brasil seria bótimo. Algo mais? Teclem Sarkozy Google.fr Divirtam-se.

No Brasil, pobre só é visível com faca ou berro na mão

Este foi um comentário que deixei hoje de madrugada no "Biscoito Fino e a Massa" e gostaria de pedir que URL do professor erudito, bonitão e simpático fosse adicionado aqui. É que para variar, só nos EUA existe violência, só nos EUA existem doidos, e fico de saco cheio.


Suspiro. Nos anos 60,no Itamaraty, um contínuo apareceu com o pé enfaixado. É que ele foi assaltado na Baixada e não tinha dinheiro. Levou um tiro e uma bronca: -- Pobre não merece viver.
Isto faz parte do busilis do crime brasileiro.
Aqui nos EUA, a violência começa com três problemas intoleráveis na cultura escolar: competição exarcebada, trotes animalescos e bullies. Estes impactam de maneira adversa vários estudantes, como disse aí em cima o Mac.
Vamos passar sobre a Segunda Emenda que era pelo porte de mosquetes, não de Glocks ou AK-47s.

Numa sala de espera disse pra uma gringa mãe de um jovem visivelmente estranho que no Brasil em qualquer boteco vão te dizer que tás gorda, dão a dieta o curandeiro. Horror! Invasão da privacidade. Depois de 22 anos de USA também me incomoda o achismo. tupiniquim.

Só que em Columbine o Dylan Klebold tinha pais, o pai trabalhava na casa e nem pai nem mãe perceberam nada até o fim. O Eric Harris foi considerado psicopata. Não eram ricos nem tão toscos. Jogavam Doom o tempo todo. Processaram os pais deles e o processo está trancado até daqui a 23 anos.
Por favor, não sejamos hipócritas. A violência não é propriedade dos EUA; é humana, vide "Heart of Darkness" do Joseph Conrad. A violência do Brasil é o descaso de classes altas; Belíndia e Daslu. A gurizada tem doadores de óvulos e esperamtozóides. Pobre só é visível quando puxa faca ou um berro. Ou quando é flanelinha.
A gurizada de classe média anda em um processo crescente de alienação: usam joguinhos em qualquer oportunidade; sacaram a pose Laura Croft (Tomb Raider) do Cho no vídeo? --com filmes cada vez mais sanguinolentos,a sensibilidade do ser humano se embota. Filmes ou jogos, ou TV, a linha entre ficção e realidade é cada vez mais tênue.
O Cho cansou de dar aviso prévio. Em sua cultura, a coreana, ninguém quis ajuda. Na cultura gringa pedir ajuda é feio e é "Lei de Mereci; cada um cuida de si."
Atenção brasileiros aos seus adolescentes comportados que não fazem nada demais, passam o dia inteiro quietinhos no computador plugados em som. Vão lá dar uma olhada, não custa nada.

Um brasiianista "tropicalista" que era da U de NC recomendou este blog depois de ler o meu Anarchic Universe. Fiquei com medo de entrar,sou tímida. Parei de ser "intelectual" faz tempo.
Não há tempo, todos tão ocupados. Os joguinhos tomam conta dos guris. O trem tá fora dos trilhos mas ainda nao quero descer do mundoido, como diz o Marmota.
Não pude evitar o comentário nada sucinto e convoluto. Sou de NYC,carioca/alagoana e há 22 anos losangelina. Choro com a "Aquarela do Brasil" e choro com a bandeira das listas e estrelas e seu hino. Perdão. Precisava falar sobre isso. Fui professora 23 anos. Sou CTY fellow da Johns Hopkins U. Obrigada.

Comentário meu no excelente Biscoito Fino e a Massa do gentil gatíssimo Idelber Avelar.

21 abril, 2007

Você viu o Cho?

Há grande polêmica aqui no Império Imperial do Mal porque a NBC divulgou o vídeo que o Cho, o guri que matou 33 pessoas e se matou também, filmou antes de morrer. ALiás, a estória é tão maluca que ele fez uma pausa na matança para despachar seu pacote para o Brian Williams, mais um Talking Head chato da TV americana.

Eu vi o vídeo no Washington Post. Tem o link dele no artigo que escrevi no

Anarchic Universe.

Tem um artigo semelhante mas o gringo ficou melhor que o que fiz em português.

Universo Anárquico

19 abril, 2007

Você conhece o Josef Foster?


Meu marido é avoado. Ele trabalha no suporte de missões espaciais. Ele não vive na Lua, vive em Marte, o novo gol gringo. O governo francês tem uns funcionários tipo -- Trouxe a carteirinha do fã-clube do Johnny Halliday? -- Pois é. Seu passaporte levou várias semanas pra ficar pronto. Não ajuda que ele seja Ph.D. Funcionário público francês se esquece que seu patrão é o povo e são impostos do povo que pagam seus salários. Deviam ter que copiar e desenhar a letra do hino sanguinolento lindo, a Marseillaise, até a lição penetrar.

--Uh,lala, penetration, oui,oui.

Sai o Nicolas sem o cartão de imigração da terra do Grande Irmão. A funcionária da United garante que é mole, é só explicar que esqueceu o cartão quando chegar de volta.

Entre vários desastres menores na viagem, pegamos um virus de uma gripe batuta. Pensei que a Cora Rónai estivesse exagerando quando ela escreveu sobre essa gripe. É pior do que ela disse. Tossi tanto que meus músculos abdominais estão doloridos. Sim, tenho músculos escondidinhos atrás da minha vasta pança. Estes últimos três dias estou na fase todos juntos: garganta,tosse, nariz e tripas hiperativas. Espero que seja o final.

Passei na Migra no IAD em D.C. aquele bastião da democracia kewl. Nicolas estava um lixo. Nunca fica doente. Seu cabelo tava bem ruinzinho, tadinho, sua cor amarelada, bermudas rosa-cheguei estampadas, foi enviado para a sala Nível 2. Fomos.

Lá trabalham cinco funcionários mas a velha só faz assuntar e conduzir a pessoa para o caixa automático do outro lado da sala. A garotona fica de chacrinha com um outro cara, trocando estórias de intimidação de alienígenas, tenho asco desse termo para humanos. Um outro passou de passsagem e sumiu.

Nosso caso caiu com o Josef Foster, lourinho de olhos azuis, aparentemente simpático. Sentei mas não conseguia ouvi nada. Ele alegou que era proposital, que eu não devia saber de nada.

Depois me ameaçou, que me retiraria da sala. Falei de sacanagem que ia invocar a Quinta, o direito ao silêncio contra a auto-incriminação. Vi que o desconcertei e o emputeci.

Ele interrompeu o processo do Nicolas três vezes, atendeu telefonemas, três mulheres, que perigosas, disse que não tinha acesso aos dados do Nicolas, perguntou seguidamente se Nicolas era francês. Se parece tortura, foi.

Em cinco minutos ele mesmo processou os tais papéis com os dados que Nicolas não deu, estavam no computador. Craro, Cróvis. Nicolas saiu desatinado para pegar nossa bagagem e levá-la para nosso próximo avião. Fiquei sozinha. As outras bestas quadradas queriam dar um suadouro num homem aparentemente do oriente médio. Só que eles não sabiam usar a máquina. A inteligência rara diz que é pra fazer um shut down. Acho que ele quis dizer restart.

Perdemos o avião. E o outro. Em vez de viajarmos às 8:20 da manhã viajamos quase uma da tarde. O frio nos obrigou a comprar abrigos escritos Washington D.C. Ahhhh!

Fomos à Migra do LAX. Os caras ficaram indignados. O trabalho não é fácil, complicar a vida ds outros é muito feio. Eles nos deram todos os formulários pra gente pegar esse jeca racista de jeito.

Agora nosso problema maior são as tripas hiperativas. Somos três e dois vasos. Podia ser pior. Podia ser prédio sem água em Copa. E um vaso.

Saudades de vocês aí que choram de barriga cheia. O Universo Anárquico tá cheio de novidades. Anarchic Universe também.

05 março, 2007

Chega de reclamar: levante-se e aja!

Gente fina, me desculpem a franqueza e nem brasileira eu sou. Não agüento mais ler sobre o Lula. Tá bom, mesmo se concordasse que o ex-operário de nove dedos é responsável por todos os males do Brasil, quê fazem vocês, meus amigos?

• Culpado é coisa de Igreja. Na política a figura é/ou não (ir)responsável.

• Vocês devem estar de sacanagem culpando o Lula pelas vitórias eleitorais de figuras excusas por aí nesse Brasilzão de Deus. Collor ganhou nas Alagoas porque Heloísa Helena quis ser presidente totalmente sem chance. Aliás, gostaria de saber o quê a nobre colega fez pelas Alagoas além de eleger o Collor.

• Até agora estou pra ver um único escasso movimento político. Não! É tudo queixume, nhém-nhém-nhém. Se tivéssemos sido assim na época da Redentora, a dita cuja estaria até hoje montada no poder alimentando seus cavalos com aveia importada da Irlanda. E sem impostos, of course!

• Olha que sou paciente. Espero aqui desde a fraude eleitoral em novembro de 2000, na maior cleptocracia no mundo. E não me digam que choro de barriga cheia. Se somos ricos como dizem ( acho que é a China que é rica ) mais razão para prover condições básicas para todos que vivem aqui nos EUA, cidadãos ou não. Vocês vão me desculpar se doravante farei ouvidos moucos. Não tenho paciência para prantos, se tivesse viveria cercada de carpideiras. Papo de Lula, culpa e tal não me comove.

• Movam-se rumo um objetivo e darei cobertura a qualquer ONG que seja, até a ONG do direito ao videogame público, geral e irrestrito ou até a ONG da mulher chifruda. E sabe Deus como detesto joguinhos eletrônicos. E mulheres, ainda por cima chifrudas.

Vocês me encontram diariamente no Universo Anárquico ou em inglês no Anarchic Universe Não são as mesmas matérias.

Aqui, deixem seus comentários, por favor. Obrigada.

25 janeiro, 2007

Os importados: quem se importa?

Este é um link do blog da Cora Rónai, InterETC.. O artigo é sobre o problema que faz um monte de gente chiar mas parece impossível de resolver. Fiquei impressionada com a clareza do raciocínio de Cora e seus números irrefutáveis.

Com vocês, Cora Rónai.

Brasil o país mais caro do mundo


Vamos fazer algo a respeito?

16 dezembro, 2006

Abuso

Finalmente dou o ar da graça neste blog. Demorei, mas cheguei. Mas o motivo do meu post tira toda a alegria da estréia: o aumento de 91% do salário dos deputados e senadores. Sinto vergonha de saber que o senador que votei nessa última eleição votou a favor desta PALHAÇADA. Os demais senadores também me dão verdadeiro asco. A vontade que tenho é de vomitar. Vomitar Nesa sujeira que são os poderes nacionais. Vomitar nesses ratos - peço desculpa aos ratos - que nos fazem de idiotas em pensar que a situação calamitosa pode mudar.

Porém, não vou dar esse gostinho de passar mal por causa deles. Eles não merecem isso. Vou me revoltar e vou agir. Caros leitores, manifestem-se! Eu cansei dessa depravação, não apenas com o nosso dinheiro, mas com o bem mais valioso que temos: nossos sonhos. Temos que revidar! Procurem o candidato em que vocês votaram e exijam uma conduta de respeito com o emprego deles. Não se deixem fazer de imbecis. Movam-se! Logo abaixo vou passar os e-mails dos senadores que votaram a favor desse absurdo, mas peço que o protesto não se resuma somente a eles. Aqueles que não votaram a favor é porque não estavam lá. Não vou ser radical a ponto de dizer que seriam todos, mas a esmagadora maioria é composta por corruptos imorais!

Aí está a lista:

Aldo Rebelo (PC do B-SP):
dep.aldorebelo@camara.gov.br
Renan Calheiros (PMDB-AL):
renan.calheiros@senador.gov.br
Ciro Nogueira (PP-PI):
dep.cironogueira@camara.gov.br
Jorge Alberto (PMDB-SE):
dep.jorgealberto@camara.gov.br
Luciano Castro (PL-RR):
dep.lucianocastro@camara.gov. br
José Múcio (PTB-PE):
dep.josemuciomonteiro@camara.gov.br
Wilson Santiago (PMDB-PB):
dep.wilsonsantiago@camara.gov.br
Miro Teixeira (PDT-RJ):
dep.miroteixeira@camara.gov.br
Sandra Rosado (PSB-RN):
dep.sandrarosado@camara.gov.br
Colbert Martins (PPS-BA):
colbertmartins@camara.gov.br
Bismarck Maia (PSDB-CE):
dep.bismarckmaia@camara.gov.br
Rodrigo Maia (PFL-RJ):
dep.rodrigomaia@camara.gov.br
José Carlos Aleluia (PFL-BA):
dep.josecarlosaleluia@camara.gov.br
Sandro Mabel (PL-GO):
dep.sandromabel@camara.gov.br
Givaldo Carimbão (PSB-AL):
dep.givaldocarimbao@camara.gov.br
Arlindo Chinaglia (PT-SP):
dep.arlindochinaglia@camara.gov.br
Inácio Arruda (PC do B-CE):
dep.inacioarruda@camara.gov.br
Carlos Willian (PTC-MG):
dep.carloswillian@camara.gov.br
Mário Heringer (PDT-MG):
dep.marioheringer@camara.gov.br
Inocêncio Oliveira (PL-PE):
dep.inocenciooliveira@camara.gov.br
Demóstenes Torres (PFL-GO):
demostenes.torres@senador.gov.br
Efraim Moraes (PFL-PB):
efraim.morais@senador.gov.br
Tião Viana (PT-AC):
tiao.viana@senador.gov.br
Ney Suassuna (PMDB-PB):
neysuassun@senador.gov.br
Benedito de Lira (PL-AL):
dep.beneditodelira@camara.gov.br
Ideli Salvatti (PT-SC):
ideli.salvatti@senadora.gov.br


A culpa deste quadro é nossa. Vamos continuar errando com omissão?!

29 novembro, 2006

Quero ser John Malkovich

john malkovichTodo esse barulho em cima do affair Mino Carta x Diogo Mainardi me fez pensar na mentalidade que parece predominar na internet brasileira, mais precisamente nos blogs. Ao longo desse ano, com eleições sendo mencionadas todo tempo, pude observar o quão reacionários e mal-informados são boa parte dos que escrevem, e assusta pensar que são representantes das classes mais favorecidas. Escandalizados com os eventos do Governo Lula, viu-se uma turma de blogueiros abrindo seu voto para Alckmin, Heloísa Helena e outros que não vale a pena mencionar. Entendam que não escrevo esse artigo para defender Lula, votei nele por falta de opção, nada mais. Alckmin é farinha do mesmo saco de FHC, ACM e outras siglas mais assustadoras ainda, remontando até o golpe de 64, gente que atrasou esse País em quase um século no espaço de 40 anos. Heloísa Helena é um Evo Morales de saias, ponto. Restou o sapo barbudo.

O jornalismo de, digamos assim, direita, predomina em boa parte da imprensa, e desenvolveu-se o hábito de acreditar em tudo que se lê. Já que o "respeitado Sr. Fulano de tal" escreveu no Correio do Povo ou no Globo, deve ser verdade. Ninguém pesquisa, porque se pesquisasse, descobriria que Mino Carta (post de 19/11) nunca escreveu uma linha sobre o filho de Mainardi, foi um leitor de seu blog que deixou um comentário falando isso. Não retiro a culpa de Mino, já que houve uma grande falha na moderação em deixar passar. Mas também não acho que Mainardi seja um coitadinho inocente, pelo contrário. Capitalizou o evento para descarregar mais chumbo em cima de Mino, por quem, por sinal, foi processado por danos morais, junto com a revista Veja, e perdeu, por não poder provar as acusações que fez a Mino envolvendo verbas de publicidade.

Diogo Mainardi representa um tipo de jornalismo extremamente perigoso por sua dissimulação: enquanto fica escrevendo sobre os descalabros do Governo Lula, boa parcela da população dita esclarecida acha maravilhoso como ele defende seus interesses. Ledo engano, esse tipo de imprensa defende interesses de outrem, aqueles que dilapidam esse País há 500 anos, hoje representados pela turma do PSDB e afins.

Muito procurei e não foi possível encontrar nenhum artigo de Mainardi malhando FHC quando a Vale do Rio Doce foi privatizada por R$ 3,3 bilhões. Dinheirão? Só o patrimônio valia R$ 92,64 bilhões. Onde estava o arauto da honestidade nessa hora? Provavelmente atacando Jorge Furtado, por ter recebido "escanladosos" R$ 700 mil para dirigir um comercial do Banco do Brasil (pesquisem, é bom, de vez em quando).

E o mais assustador de tudo é que, espelhando-se em Mainardi, muito blogueiro vive como no filme, querendo ser John Malkovich.
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Pé de Página: inscreva seu blog para a segunda edição do BBC.

21 novembro, 2006

Uma farsa conjugal, enfim, a paz


Levanta-se apertando um lenço contra seus lábios trêmulos com a mão esquerda. Sua mão direita apoia-se no braço da cadeira enquanto ela se apruma. O jornal está jogado no assento. Sai escoltada por quatro homens de terno, com tubinhos enroladinhos nos ouvidos. Entrega um cartão a um deles.

A limousine triplamente blindada parte para o bairro universitário de Washingto D.C. --Georgetown. Ela não consegue pensar em linha reta. O choque da manhã tinha paralizado sua mente. A limousine pára em frente a uma casa totalmente sem personalidade. Uma dessas casas pelas quais a gente passa e não nota nada. Os homens se ofereceram para levá-la ao seu destino. Ela os afastou com um gesto imperioso da mão, ainda segurando o lenço.

Entrou em um corredor bem iluminado por uma clarabóia de design maravilhoso. Ela riu uma risada amarga. O escritório que buscava era de número 43. Tinha que ser 43?

Antes que tocasse a campainha, a porta se abriu. Um senhor simpático, de barbichinha, gravata borboleta de bolinhas, óculos bifocais de marca a conduziu para dentro de seu escritório. Ele sentou-se à escrivaninha. Ela afundou-se na poltrona de estilo saguão de hotel, de couro macio, café escuro. Ele ameaçou começar o diálogo. Ela o interrompeu, imperiosa e começou sua narrativa. Lutava para não chorar.

--Nunca imaginei que chegássemos a isso. Estamos casados há trinta anos. Não temos mais problemas de álcool ou de drogas. O casamento está falido, sabia. Pausas longas nas conversas. Silêncios inconfortáveis. Pontos de vista díspares. Encontrei outro. Donald. Não quero me divorciar e jamais o faria. Não sou católica, católica é a mulher do irmão dele.

Bebeu um pouco dágua e seguiu.

--Hoje foi o choque maior da minha vida. Ele é gay, gay,gay! Sim, verdade que somos da terra dos caubóis, mas seguir aquele filme de caubóis apaixonados? Agora? Como sei? Eu vi! Vi na capa de todos os jornais, ele lépido e fagueiro, feliz, de vestido azul com estrelas e outros dois ou três com ele, de vestido azul também. Atrás deles, os homens de verdade, quer dizer, sei lá, o senhor entendeu, não? O Donald jamais...

O senhor pigarreou e perguntou à senhora:

--E a senhora quer?

Ela tomou coragem, respirou fundo e mandou ver:

-- Não existe mais aquilo que deram para a Marilyn?

O senhor ajeitou seus óculos, enquanto franzia a testa:

--Ah, temos pílulas muito mais eficazes, sem rastro, sem falhas. Aliás, tenho várias aqui no escritório.

Os olhos dela brilhavam de excitação:

--E então pode me dar algumas? Pago em dinheiro vivo.

Fizeram a transação. Três semanas depois da sua fatídica visita ao oriente, onde usou os trajes típicos dos países que visitava, vestidos longos, o líder favorito de 30% dos eleitores nos EUA foi para a terra dos pés juntos.

L. anunciou seu noivado com Donald. Donald anunciou que iria concorrer ao cargo máximo da nação para trazer a paz em 2010. Paz? Guerra, que guerra?

13 novembro, 2006

O rei está morto, e viva o novo rei!

Assistindo à TV educativa agora à noite, me chamou a atenção a presença do boçal jornalista José Barrionuevo no noticiário, puxando o saco de Cezar Buzatto. Para quem não está familiarizado com as personas do Rio Grande do Sul, digamos que Barrionuevo seria Alexandre Garcia na era Collor e Buzatto só pode ser definido como o cheira cu do governo Antônio Brito.

As duas nulidades falavam sobre a iminente ingovernabilidade do RS, devido à crise financeira. Isso me surpreende, visto que Barrionuevo foi até por Olívio Dutra, em 2000, tal sua ferocidade ao comparar o então Secretário de Comunicação do Governo do Estado, Guaracy Cunha, à Goebbels, chefe da propaganda nazista. Tudo isso em função da do "relógio dos 500 anos", palhaçada patrocinada pela RBS-TV Globo, que comemorava os 500 anos do descobrimento do Brasil com uma contagem regressiva. Surpreende porque, se o estado está ingovernável, é por obra do gnomo Germano Rigotto e seu inexistente plano de governo, gnomo esse sempre incensado por Barrionuevo em sua coluna na Zero Hora, que perdurou por mais de dez anos.

Aqui vale uma pausa, a coluna desse senhor nada mais era que um mural de recados da direita que movia-se com o vento, um retrato disso foi muito bem feito por na época em que Olívio dutra foi eleito para o Governo do Estado.

Voltando ao assunto, qualquer pessoa que tenha um pouco mais que dois neurônios sabe que o plano de Rigotto baseava-se na eleição de José Serra em 2002. Feito isso, era só começar a vender privatizar o que restou no Estado, além de instalar praças de pedágio até em autódromo. Só que Serra bailou e Rigotto ficou à deriva, 4 anos de desgoverno.

O que esperar de Yeda Crusius? Sua proposta de governo é uma cópia da de Geraldo Alckmin, e isso não apenas o autor defende, foi também defendido pelo , logo, teremos no estado o que poderia ser o governo tucano se o careca fosse eleito. Deus nos acuda!


12 novembro, 2006

Rápido como quem furta

Falei com minha amiga desembargadora ontem. Preciso de confirmação das novas que ela me apresentou. Somos petistas rábidas, subimos juntas muitos morros, essas coisas para fundar o partido.
Disse-me ela que está sendo desvendada a maior trama para incriminar o PT nessa história do dossiê. E que as tramas estão presentes em outros escândalos anteriores.
A única informação que tenho é a discrepância entre as manchetes de jornal do jornal O Bobo e os demais. E que o Zero Hora é bastante parcial, provavelmente devido à crise $$$$ no sul.

Fechando nosso papo, a desembargadora me disse que um movimento para tornar mais acessíveis os objetos eletrônicos ( será que vibrador conta? ) seria um sucesso. Esta semana começo a procurar qual é o ministério, a lei, etc.

Informações para a redação, por favor? São dois assuntos: a imprensa enganosa e o movimento para cortar o preço dos eletrônicos no Brasil.

Até+!

10 novembro, 2006

Foi-se o martelo e o elefante ir-se-á em breve

Antes de começar meu projetinho para o blog, tenho que esclarecer alguns pontos para a meia dúzia que começou a ler este blog político, quel horreur!
Sou dos EUA, criada no Rio de Janeiro, voltei para os EUA em 85. Minha família brasileira é alagoana, esquentadinha, aristocracia rural falida, nosso ramo, quer dizer. Sou velha mas não tenho 69 anos, foi uma piada. Tampouco sou gorda, sou gordinha. Nem sou sebosa, estudei demais.
Fui da Liberdade e Luta e militei para fundar o PT. Sou indiferente ao Lula, gosto da Heloísa Helena e sua moda de se vestir como se estívessemos em 1968 e ela ainda no PCR. Não acho que esteja preparada ainda e nunca poderia ter deixado o estado de Alagoas na mesma; Maceió ainda tem o maior índice de analfabetismo do país.
Acredito que há um limite de fortuna pessoal acima do qual ela é pornográfica. Exemplos são o 1% da população aqui. Tenho horror à diferença de renda ignóbil no Brasil, um dos três campeões de disparidade de renda entre pobres e ricos.
Belíndia. Fui criada em meio tijucano udenista. Daddy e o partido democrata me salvaram. Pequena demais em 1968 para analizar o movimento estudantil, pronta para reabrir diretórios em 75.

Meu projetinho, que espero ser seu também, é simples. Estou horrorizada com os preços de objetos de consumo para educação: música, computadores e acessórios, máquinas fotográficas, todos podem ser usados em projetos escolares. Quero derrubar a política das tarifas que tornam os preços de produtos importados atrozes. Fora com os computadores frankeinstein! Um iPod para cada cidadão! Routers a preços acessíveis, um custa 35 dólares aqui. Protecionismo sem sacanômetro.

É isso. Parece simples. Não é assim simples não. Há que ver a lei, há que ver qual rumo tomar. Tudo é simples depois de bem organizado. Não espero que apareça um camundongo para amarrar a sineta no pescoço do gato agora. Simplesmente gostaria que a galerinha se mantivesse antenada nessa idéia, vamos tirar os brasileiros das mãos de muambeiros de Miami, porque este projeto irá para frente. É mais ou menos como a pirataria, para a qual o Bob Dylan deu sinal verde ( Rolling Stone magazine ). Tem que acontecer. É imperativo que o país segundo no mundo em uso de informática tenha acesso aos produtos eletrônicos de maneira popular, politheama ( para todos ). Politheama era o nome de um cinema poeira no Largo do Machado. Nunca morei no Largo do Machado, perto mas não no Largo do Machado.

Obrigada, viva o Botafogo, sugestões para a redação, esses dois loucos que me convidaram, eu, hein?

Quem sou eu

My favorite subjects are languages. We speak four languages at home: English, French, Spanish and Portuguese. My mother is from Alagoas and I am from NYC. My father was Greek-Russian, first generation American. We have always voted for the Democratic Party and I support Hillary Clinton.