Centrista como Billary, dois por UMA. Tudo depende do quê a definição de É seja. Hillary 2008 O mundo através do teclado de uma gringa/meta-brasileira

23 abril, 2007

Mme. Royal - le 6 mai 2007


Le Tarn, terra do castelo principal de Toulouse-Lautrec, em Albi.

Mme. Royal, a candidata do partido socialista francês chegou perto. A campanha foi tosca,tosca, o partido caiu em desgraça quando desmascaram um "Klute, seu passado condena" do Leonel Jospin, em 2002. Ele era quadro da OCI, o quartel-general da Libelu, vejam em que boa companhia eu estive.

A OCI acabou como toda organização trotsquista nas piadinhas: um trotsquista, uma tendência, dois um partido, três um partido e um racha e assim por diante. O Pierre Brouer eu conheci o Rio, muito simpático. Foi juntar-se ao Lev Davidovitch. O Lambert caiu em desgraça, me parece.

Essa infiltração do Jospin dentro do partido socialista tem um nome técnico mas não me lembro. Enfim, os socialistas não gaam desde 2002.

O Nicolas Sarkozy, parisiense, cheio de pompa e titica de poulé, bem vestido e tal, é mais um pela ordem e pau nos franceses de ascendência norte-africana. O problema lá é complexo pra dedéu. Eles são xenófobos e racistas mas somos nós os malvadões. O cara foi pra TV na época dos quebra-quebras recentes e literalmente desacatou os franceses de cor.

O desemprego na França está em 10%. Os pobres = afro-franceses moram em subúrbios de grandes cidades onde projetos de arquitetura moderna deveriam ter durado mas estão aos pedaços. Eles não aprendem nada nas escolas, detestam a França e a religião dos seus ancestrais. Fazem baderna e não têm um futuro. Mais ou menos como no discurso do MLK "I Have a Dream" -- Tenho um sonho que um dia os negros do sul possam votar e os urbanos tenham uma razão pela qual votar.--

O Sarkozy é um Bush com um pouquinho mais de tutano e francês aristocrático. A Royal, cujo nome é gozado ela sendo socialista, é uma promessa. A gente fica meio que com o pé esquerdo amarrado pra não haver passo em falso. Por via das dúvidas, se vocês conhecem alguém daquela terra, peçam o voto pela Royal. Ela levou o sudoeste quase todo, inclusive a terra do Toulouse-Lautrec. Fiquei muito contente. O papo dela é "inclusão social."

Acho ótimo inclusão social. No Brasil seria bótimo. Algo mais? Teclem Sarkozy Google.fr Divirtam-se.

No Brasil, pobre só é visível com faca ou berro na mão

Este foi um comentário que deixei hoje de madrugada no "Biscoito Fino e a Massa" e gostaria de pedir que URL do professor erudito, bonitão e simpático fosse adicionado aqui. É que para variar, só nos EUA existe violência, só nos EUA existem doidos, e fico de saco cheio.


Suspiro. Nos anos 60,no Itamaraty, um contínuo apareceu com o pé enfaixado. É que ele foi assaltado na Baixada e não tinha dinheiro. Levou um tiro e uma bronca: -- Pobre não merece viver.
Isto faz parte do busilis do crime brasileiro.
Aqui nos EUA, a violência começa com três problemas intoleráveis na cultura escolar: competição exarcebada, trotes animalescos e bullies. Estes impactam de maneira adversa vários estudantes, como disse aí em cima o Mac.
Vamos passar sobre a Segunda Emenda que era pelo porte de mosquetes, não de Glocks ou AK-47s.

Numa sala de espera disse pra uma gringa mãe de um jovem visivelmente estranho que no Brasil em qualquer boteco vão te dizer que tás gorda, dão a dieta o curandeiro. Horror! Invasão da privacidade. Depois de 22 anos de USA também me incomoda o achismo. tupiniquim.

Só que em Columbine o Dylan Klebold tinha pais, o pai trabalhava na casa e nem pai nem mãe perceberam nada até o fim. O Eric Harris foi considerado psicopata. Não eram ricos nem tão toscos. Jogavam Doom o tempo todo. Processaram os pais deles e o processo está trancado até daqui a 23 anos.
Por favor, não sejamos hipócritas. A violência não é propriedade dos EUA; é humana, vide "Heart of Darkness" do Joseph Conrad. A violência do Brasil é o descaso de classes altas; Belíndia e Daslu. A gurizada tem doadores de óvulos e esperamtozóides. Pobre só é visível quando puxa faca ou um berro. Ou quando é flanelinha.
A gurizada de classe média anda em um processo crescente de alienação: usam joguinhos em qualquer oportunidade; sacaram a pose Laura Croft (Tomb Raider) do Cho no vídeo? --com filmes cada vez mais sanguinolentos,a sensibilidade do ser humano se embota. Filmes ou jogos, ou TV, a linha entre ficção e realidade é cada vez mais tênue.
O Cho cansou de dar aviso prévio. Em sua cultura, a coreana, ninguém quis ajuda. Na cultura gringa pedir ajuda é feio e é "Lei de Mereci; cada um cuida de si."
Atenção brasileiros aos seus adolescentes comportados que não fazem nada demais, passam o dia inteiro quietinhos no computador plugados em som. Vão lá dar uma olhada, não custa nada.

Um brasiianista "tropicalista" que era da U de NC recomendou este blog depois de ler o meu Anarchic Universe. Fiquei com medo de entrar,sou tímida. Parei de ser "intelectual" faz tempo.
Não há tempo, todos tão ocupados. Os joguinhos tomam conta dos guris. O trem tá fora dos trilhos mas ainda nao quero descer do mundoido, como diz o Marmota.
Não pude evitar o comentário nada sucinto e convoluto. Sou de NYC,carioca/alagoana e há 22 anos losangelina. Choro com a "Aquarela do Brasil" e choro com a bandeira das listas e estrelas e seu hino. Perdão. Precisava falar sobre isso. Fui professora 23 anos. Sou CTY fellow da Johns Hopkins U. Obrigada.

Comentário meu no excelente Biscoito Fino e a Massa do gentil gatíssimo Idelber Avelar.

21 abril, 2007

Você viu o Cho?

Há grande polêmica aqui no Império Imperial do Mal porque a NBC divulgou o vídeo que o Cho, o guri que matou 33 pessoas e se matou também, filmou antes de morrer. ALiás, a estória é tão maluca que ele fez uma pausa na matança para despachar seu pacote para o Brian Williams, mais um Talking Head chato da TV americana.

Eu vi o vídeo no Washington Post. Tem o link dele no artigo que escrevi no

Anarchic Universe.

Tem um artigo semelhante mas o gringo ficou melhor que o que fiz em português.

Universo Anárquico

19 abril, 2007

Você conhece o Josef Foster?


Meu marido é avoado. Ele trabalha no suporte de missões espaciais. Ele não vive na Lua, vive em Marte, o novo gol gringo. O governo francês tem uns funcionários tipo -- Trouxe a carteirinha do fã-clube do Johnny Halliday? -- Pois é. Seu passaporte levou várias semanas pra ficar pronto. Não ajuda que ele seja Ph.D. Funcionário público francês se esquece que seu patrão é o povo e são impostos do povo que pagam seus salários. Deviam ter que copiar e desenhar a letra do hino sanguinolento lindo, a Marseillaise, até a lição penetrar.

--Uh,lala, penetration, oui,oui.

Sai o Nicolas sem o cartão de imigração da terra do Grande Irmão. A funcionária da United garante que é mole, é só explicar que esqueceu o cartão quando chegar de volta.

Entre vários desastres menores na viagem, pegamos um virus de uma gripe batuta. Pensei que a Cora Rónai estivesse exagerando quando ela escreveu sobre essa gripe. É pior do que ela disse. Tossi tanto que meus músculos abdominais estão doloridos. Sim, tenho músculos escondidinhos atrás da minha vasta pança. Estes últimos três dias estou na fase todos juntos: garganta,tosse, nariz e tripas hiperativas. Espero que seja o final.

Passei na Migra no IAD em D.C. aquele bastião da democracia kewl. Nicolas estava um lixo. Nunca fica doente. Seu cabelo tava bem ruinzinho, tadinho, sua cor amarelada, bermudas rosa-cheguei estampadas, foi enviado para a sala Nível 2. Fomos.

Lá trabalham cinco funcionários mas a velha só faz assuntar e conduzir a pessoa para o caixa automático do outro lado da sala. A garotona fica de chacrinha com um outro cara, trocando estórias de intimidação de alienígenas, tenho asco desse termo para humanos. Um outro passou de passsagem e sumiu.

Nosso caso caiu com o Josef Foster, lourinho de olhos azuis, aparentemente simpático. Sentei mas não conseguia ouvi nada. Ele alegou que era proposital, que eu não devia saber de nada.

Depois me ameaçou, que me retiraria da sala. Falei de sacanagem que ia invocar a Quinta, o direito ao silêncio contra a auto-incriminação. Vi que o desconcertei e o emputeci.

Ele interrompeu o processo do Nicolas três vezes, atendeu telefonemas, três mulheres, que perigosas, disse que não tinha acesso aos dados do Nicolas, perguntou seguidamente se Nicolas era francês. Se parece tortura, foi.

Em cinco minutos ele mesmo processou os tais papéis com os dados que Nicolas não deu, estavam no computador. Craro, Cróvis. Nicolas saiu desatinado para pegar nossa bagagem e levá-la para nosso próximo avião. Fiquei sozinha. As outras bestas quadradas queriam dar um suadouro num homem aparentemente do oriente médio. Só que eles não sabiam usar a máquina. A inteligência rara diz que é pra fazer um shut down. Acho que ele quis dizer restart.

Perdemos o avião. E o outro. Em vez de viajarmos às 8:20 da manhã viajamos quase uma da tarde. O frio nos obrigou a comprar abrigos escritos Washington D.C. Ahhhh!

Fomos à Migra do LAX. Os caras ficaram indignados. O trabalho não é fácil, complicar a vida ds outros é muito feio. Eles nos deram todos os formulários pra gente pegar esse jeca racista de jeito.

Agora nosso problema maior são as tripas hiperativas. Somos três e dois vasos. Podia ser pior. Podia ser prédio sem água em Copa. E um vaso.

Saudades de vocês aí que choram de barriga cheia. O Universo Anárquico tá cheio de novidades. Anarchic Universe também.

Quem sou eu

My favorite subjects are languages. We speak four languages at home: English, French, Spanish and Portuguese. My mother is from Alagoas and I am from NYC. My father was Greek-Russian, first generation American. We have always voted for the Democratic Party and I support Hillary Clinton.