Este foi um comentário que deixei hoje de madrugada no "Biscoito Fino e a Massa" e gostaria de pedir que URL do professor erudito, bonitão e simpático fosse adicionado aqui. É que para variar, só nos EUA existe violência, só nos EUA existem doidos, e fico de saco cheio.
Suspiro. Nos anos 60,no Itamaraty, um contínuo apareceu com o pé enfaixado. É que ele foi assaltado na Baixada e não tinha dinheiro. Levou um tiro e uma bronca: -- Pobre não merece viver.
Isto faz parte do busilis do crime brasileiro.
Aqui nos EUA, a violência começa com três problemas intoleráveis na cultura escolar: competição exarcebada, trotes animalescos e bullies. Estes impactam de maneira adversa vários estudantes, como disse aí em cima o Mac.
Vamos passar sobre a Segunda Emenda que era pelo porte de mosquetes, não de Glocks ou AK-47s.
Numa sala de espera disse pra uma gringa mãe de um jovem visivelmente estranho que no Brasil em qualquer boteco vão te dizer que tás gorda, dão a dieta o curandeiro. Horror! Invasão da privacidade. Depois de 22 anos de USA também me incomoda o achismo. tupiniquim.
Só que em Columbine o Dylan Klebold tinha pais, o pai trabalhava na casa e nem pai nem mãe perceberam nada até o fim. O Eric Harris foi considerado psicopata. Não eram ricos nem tão toscos. Jogavam Doom o tempo todo. Processaram os pais deles e o processo está trancado até daqui a 23 anos.
Por favor, não sejamos hipócritas. A violência não é propriedade dos EUA; é humana, vide "Heart of Darkness" do Joseph Conrad. A violência do Brasil é o descaso de classes altas; Belíndia e Daslu. A gurizada tem doadores de óvulos e esperamtozóides. Pobre só é visível quando puxa faca ou um berro. Ou quando é flanelinha.
A gurizada de classe média anda em um processo crescente de alienação: usam joguinhos em qualquer oportunidade; sacaram a pose Laura Croft (Tomb Raider) do Cho no vídeo? --com filmes cada vez mais sanguinolentos,a sensibilidade do ser humano se embota. Filmes ou jogos, ou TV, a linha entre ficção e realidade é cada vez mais tênue.
O Cho cansou de dar aviso prévio. Em sua cultura, a coreana, ninguém quis ajuda. Na cultura gringa pedir ajuda é feio e é "Lei de Mereci; cada um cuida de si."
Atenção brasileiros aos seus adolescentes comportados que não fazem nada demais, passam o dia inteiro quietinhos no computador plugados em som. Vão lá dar uma olhada, não custa nada.
Um brasiianista "tropicalista" que era da U de NC recomendou este blog depois de ler o meu Anarchic Universe. Fiquei com medo de entrar,sou tímida. Parei de ser "intelectual" faz tempo.
Não há tempo, todos tão ocupados. Os joguinhos tomam conta dos guris. O trem tá fora dos trilhos mas ainda nao quero descer do mundoido, como diz o Marmota.
Não pude evitar o comentário nada sucinto e convoluto. Sou de NYC,carioca/alagoana e há 22 anos losangelina. Choro com a "Aquarela do Brasil" e choro com a bandeira das listas e estrelas e seu hino. Perdão. Precisava falar sobre isso. Fui professora 23 anos. Sou CTY fellow da Johns Hopkins U. Obrigada.
Comentário meu no excelente Biscoito Fino e a Massa do gentil gatíssimo Idelber Avelar.
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Centrista como Billary, dois por UMA. Tudo depende do quê a definição de É seja. Hillary 2008 O mundo através do teclado de uma gringa/meta-brasileira
23 abril, 2007
No Brasil, pobre só é visível com faca ou berro na mão
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